segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Dor

Chego
passo por eles
estão ligados um no outro
afim de ver quem vai vencer.

Penso
sou apenas instrumento de uso
pessoal de cada um
para formar uma barreira de ódio
e mágoas entre eles.

Vejo
jogando-me culpas cadavéricas
que pasmo
e me aconchego em algum lugar.

Percebo
quantos amanheceres presenciei
nessa minha vida
que nem foi minha
foi dos outros.

Desculpo
e esculpem em minha garganta
o que devo dizer
não sou tola...
às vezes sou.

Enfrento
mas eles são fortes
e não deixam rastros
e sutilmente roubam a minha alma.

Saio
estão tão envolvidos
em se degladiarem
que nem percebem
a minha presença.

Choro
restos de mim
vão ficando para trás
despercebidos
não podem ser mais reconstruídos.

Eliane Omena










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